sexta-feira, 12 de março de 2010

Encontros Improváveis


Hoje acordei com vontade de publicar aqui ALGUMA COISA, seja lá o que for. O tempo também não é muito, portanto, será um género de rascunho sem lápis e papel, não é que tenha alguma coisa contra canetas... mas, e, se me engano?


Apetece-me reflectir sobre aquela história das coincidências amorosas. Estar no local certo, há hora certa. Sim, não se pense que só existe a velha trágica do "estava no local errado à hora errada!" desenganei se! Eu consigo conjugar essa frase em modo afirmativo.


A verdade, é que todos nós gostamos das surpresas que os dias nos trazem, é sempre uma incógnita quando acordamos, mas de uma coisa ninguém tem dúvida: os segundos, minutos e horas correm a uma velocidade tramada e não se cansam. É incrível é que há coisas que acontecem e que por mais que quiséssemos controlar e/ou planear, isso não acontece. São os chamados "instantes", estas 3 elevado ao quadrado letrinhas, surgem sem que as tenhamos feito acontecer. Bem, deixemo-nos de lamechices temporais, e matemática à mistura, do que eu gosto mesmo é desta conjugação cósmica, milimetricamente conjugada que nos faz encontrar e desencontrar uns dos outros.


Há alturas na vida, sejam eles dias, meses ou anos, em que tudo é silencio e ausência, em que a memória é uma simples paisagem distante, e, por vezes com um nevoeiro serrado (todos nós temos aquelas memórias da nossa mãe a vestir-nos as calças/saia com uma camisola de gola em que as cores não tinham nada que ver umas com as outras, e o toque final eram os sapatos de verniz que se usavam na altura... não acreditam? procurem no baú das fotografias). São estes os momentos em que se recordam verdadeiros tempos cheios de sentimentos que moem, é verdade, é uma vontade que escapa à própria vontade. Não se esqueçam que existem alguns momentos, em que o errado é certo e tudo volta a fazer sentido só porque duas pessoas se cruzam no lugar mais improvável de todos. Digo-vos é que é o único lugar onde ninguém encontra ninguém pela simples razão de que é o caminho de muito poucos.

Sinceramente, gostava de ser capaz de entender o sentido mais-que-profundo destes encontros, e gostava de saber decifrar o indecifrável. Não vos vou mentir, não sei o que certas coisas querem dizer, mas sei que são importantes, e, por isso mesmo, guardo-as como tal.

Estou pr'aqui à 15 minutos a escrever de coisas simples, como o olhar, a verdade pura, um sorriso claro, a intimidade recta e o respeito fundo. Falo da substância do amor, portanto.


Dedicado a um encontro meu improvável. Continuo a acreditar na velha história do nada acontece por acaso.


Um sorriso, um abraço. (Muda a assinatura, porque hoje.... hoje é especial).

3 comentários:

  1. Quem é que encontras-te??

    ResponderEliminar
  2. Dizem que "o amor acontece" e é verdade...eu gosto da ideia que não seja num lugar obvio, com uma pessoa vulgar, num momento oportuno. Tudo o que é inesperado tem muito mais sabor!! =)

    Boas divagações*

    ResponderEliminar