segunda-feira, 24 de maio de 2010

Medo

Desde já quero pedir desculpa pelo tempo que demorei a regressar ao blog de notas. Quero também fazer um agradecimento especial a todos aqueles que me ligaram e/ou falaram comigo, a "reclamar" por mais um texto. Expliquei-vos que o tempo consome-me de uma forma irritante. Não escrevo porque quero, porque adoro, escrevo, quase, por uma questão de necessidade...

Este texto é dedicado exactamente a todas essas pessoas que imploraram por mais um, mas sobretudo para mim própria.


É "pelo sonho que vamos" mas é pelo medo que crescemos, um medo profundo, enraizado e subtil. O medo de nao sermos capazes, o terror da solidão, o panico de perder, o medo de sofrer, a insegurança do desconhecido, a inserteza ou o mistério da morte.

São estes e outros medos que, no dia a dia, se traduzem numa enorme amplitude de estados de espirito. Há dias em que, sem razao nenhuma, acordo a sentir-me dona e senhora do Mundo, ombros direitos e vontade de vencer. Outros dias, porém, basta-me abrir os olhos para me sentir imediatamente pegada ao tecto. Presa a uma teia de inseguranças, medos e pavores que nao sei de onde vêm e para onde me levam.


Só os incoscientes é que nao têm medo de nada. Ou, então, os que nada têm, porque sabem que nada perdem. E há aqueles, como nós, que temem as mais variadas coisas pelas mais variadas razões.


Eu especialmente tenho um medo enorme de falta de tempo para o essencial. Isto assusta-me e deixa-me insegura. Mas lidar com este meu medo é uma forma de me conhecer melhor. Enfrenta-lo é crescer. Mesmo quando, por fora, ninguém dê por isso. É através deste medo que me vem a coragem e é por ter este medo que tenho consciencia da minha verdadeira dimensão no Mundo.


A mensagem foi deixada. Agora, tudo é mais fácil.


Um silêncio, uma energia

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